E ela me obrigava a ler aqueles poemas grotescos, horrorosamente mal escritos, cheios de futilidades, banalidades, irrisórias causalidades circunstaciais as quais não eram extraordinárias para serem escritas, eternizadas, transformadas em versos e rimas.
E ela me obrigava a ler! E eu olhava com meu jeito desdenhoso. Não sorria. Não xingava. Não movia um músculo a favor ou contra. Era um crime escrever daquele jeito. Era um crime gastar papel, tinta, pele, cognição para tamanha desgraça.
E ela me perguntava: tá, tio! diz logo o que achou! E eu não sorria, não falava, não queria. Eu apenas entregava os papéis, afagava sua cabeça, e saía. Tal qual faria qualquer um que ainda por cima escrevesse pior do que ela.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
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2 comentários:
Perfect...
huahuahuahuauahu
eita...já li coisas assim...hehehehe
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