quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Medo do inferno

E o que mais você poderia esperar de um cara como eu? Amor, esperança e confiabilidade? Sim, eu te garanto que eu também sou feito desse tipo de material, mas a verdade é que depois de tanto tempo tomando tapas na cara, a vida me moldou de uma maneira diferente. Eu já fui ao inferno algumas vezes, todas elas por causa de pessoas como você. O problema é que eu sempre volto diferente, muito diferente, e quando volto tem sempre outra escrota como você pronta pra me mandar pra lá de novo. Chega, cansei!!! Quem quiser conhecer o miolo agora vai ter que romper a casca, e ela é dura e fria, eu poderia até dizer, de maneira poética (ou dramática), que ela foi forjada no inferno. O mesmo inferno aonde você com certeza me jogaria. Essa minha atitude tem uma simples razão de ser: apesar de ter sido tantas vezes jogado lá por causa de criaturas como você, eu nunca percebo quando estou caindo. Eu te garanto que a gente só percebe que está no inferno quando é tarde demais. O coração gela, as lágrimas queimam e nosso rosto se distorce de maneira quase irreconhecível. Não, não ouse abrir a boca agora. Você me acusou de ser insensível, quem fala o que quer, ouve o que não quer. Você me acha insensível mas eu quero que perceba o quanto eu já sofri. Você acha realmente que eu estou disposto a sofrer de novo? Não, eu não sou insensível, no máximo posso ser acusado de ser medroso. Sim, confesso que sou um tremendo medroso, um borra-botas, caso prefira assim, mas o fato é que ninguém vai me jogar de volta naquele abismo medonho. Ninguém! Isso!!! Vá embora!!! É melhor pra você do que pra mim, aproveite e leve suas alianças. Adeus!

Um comentário:

Daniela Andrade disse...

libertação.

texto corajoso e verdadeiro. aaaaaaaaahhhh, precisamos escrever juntos.